O economista Javier Milei, conhecido por sua visão libertária e antissistema, vem ganhando popularidade nas primárias argentinas, onde se destacou como o candidato mais votado. Ele disputará a Presidência contra Patricia Bullrich, da coalizão opositora Juntos por el Cambio, e o ministro da Economia, Sergio Massa.
Esses três candidatos competirão nas eleições gerais marcadas para 22 de outubro, com a possibilidade de um segundo turno em 19 de novembro.
Milei, com seu estilo de discurso assertivo e cabelos desalinhados, tem expressado críticas à chamada “casta política” e sua presença tem impactado o cenário político. Em seus comícios, o economista de 52 anos, que é também deputado libertário e ultradireitista, tem enfatizado mensagens como “A casta tem medo” e “Viva a liberdade!”.
Ele propõe medidas como a eliminação do Banco Central, a defesa do porte de armas e a proibição do aborto. Sua abordagem inspiradora inclui a frase “Não vim aqui para guiar cordeiros, vim para despertar leões”.
Além disso, após ser eleito deputado em 2021, Milei chamou atenção ao renunciar ao seu salário, criticando os privilégios dos políticos. Suas críticas à intervenção estatal têm encontrado ressonância em regiões mais desfavorecidas da Argentina, onde a pobreza é um problema crescente.
Apesar das críticas de ex-colaboradores que alegaram pedidos de pagamento em dólares para inscrever candidaturas, sua popularidade continua em ascensão, especialmente entre os jovens que estão descontentes com a política tradicional.
Milei também é autor de diversos livros, tendo também apresentado um programa de rádio online chamado “Demoliendo mitos”. Sua vida pessoal inclui um relacionamento próximo com sua irmã Karina, bem como seu amor por cães da raça mastim.
O candidato Sergio Massa, advogado de 51 anos, tem desempenhado um papel importante no ministério da Economia, enfrentando desafios durante a crise argentina. Ele é conhecido por sua habilidade em apresentar dificuldades como conquistas, o que o tornou popular entre seus apoiadores.
Vale mencionar que a ascensão de Milei também ocorre em um contexto onde há críticas ao governo atual de Alberto Fernandes, que é associado ao kirchnerismo.