O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou, na decisão que embasa a Operação Lucas 12:2, que a decisão de desviar os presentes destinados à Presidência da República teria sido do próprio Jair Bolsonaro.
“Destaca a Polícia Federal que (a) os dados analisados indicam a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República (GADH/GPPR) – órgão responsável pela análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes oferecidos por uma autoridade estrangeira ao Presidente da República – ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-Presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro”, declarou Moraes.
Ele ainda acrescenta.
“Há indícios de que alguns presentes recebidos por Jair Messias Bolsonaro em razão do cargo teriam sido desviados sem sequer terem sido submetidos à avaliação da GADH/GPPR”, declarou Moraes.
Um dos principais episódios que embasam essa declaração de Moraes diz respeito à negociação de uma palmeira banhada a ouro recebida em 16 de novembro do ano passado, durante viagem de Bolsonaro no Bahrein.