A inflação na Espanha subiu em junho a 10,2% interanual, seu nível mais alto em 37 anos, impulsionada principalmente pelos combustíveis e alimentos, segundo uma primeira estimativa divulgada nesta quarta-feira(29) pelo Instituto Nacional de Estadística (INE).
Este número indica um aumento de um ponto e meio em relação a maio, quando registrou 8,7%, informou a nota do INE.
A Espanha enfrenta há meses, como muitos países no mundo, um aumento da inflação devido às restrições impostas pela pandemia e também pela guerra na Ucrânia.
“Sabíamos que o efeito dos cortes de gás de (presidente russo, Vladimir) Putin seria o aumento dos preços em nosso país”, disse à rádio Cadena Ser o presidente do Governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, que reconheceu que os números da inflação “são ruins”.
Para tentar conter a alta dos preços, o governo central de Pedro Sánchez adotou em março um plano de auxílio direto de seis bilhões de euros para lares e empresas, focado principalmente na energia. O pacote foi prorrogado até o final do ano.
No último sábado, o governo anunciou um novo plano de auxílio direto, de nove bilhões de euros. Entre as medidas, destacam-se uma ajuda de 200 euros para os trabalhadores autônomos e desempregados e uma redução do IVA da eletricidade – a segunda do ano- de 10% a 5%.
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