O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, cancelou sua participação na Cúpula da Amazônia, evento que reúne os oito representantes dos países signatários da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Equador, Peru, Suriname e Venezuela.
O ditador e amigo do presidente Lula (PT) era esperado na capital paraense, Belém, onde é realizada a reunião nesta terça-feira (8) e confirmou o “bolo” ao petista no Twitter, alegando que foi por recomendação médica.
“Por recomendação médica, em decorrência de uma Otite Média que tenho, fui obrigado a suspender minha agenda pública”, declarou.
Com a ausência de Maduro, Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela, representa o país na cúpula. Além do venezuelano, o presidente do Equador, Guillermo Lasso; e do Suriname, Chan Santokhi, também não vieram ao encontro.
Durante o evento, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu uma posição crítica ao uso de combustíveis fósseis e à exploração de petróleo na área da Amazônia, classificando de “negacionismo” medidas adotadas no sentido oposto. O colombiano destacou ainda que “as forças progressistas deveriam estar sintonizadas com a ciência”.
A posição colombiana ocorre em meio à controvérsia brasileira sobre a exploração na foz do Rio Amazonas. Entre os países amazônicos, a Colômbia é o que mais se destaca na preservação da floresta.
No evento, Lula ainda afirmou que a “cooperação na Amazônia é urgente”, para impulsionar a cooperação entre os países da região e falou ainda que não vê a região como um “santuário” para o mundo.
“Eu não trabalho com a ideia de ver a Amazônia ser um santuário da humanidade. Eu quero que a Amazônia seja um lugar em que o mundo tire proveito para poder experimentar a riqueza da nossa biodiversidade, para sabermos o que podemos fazer a partir dessa riqueza da biodiversidade”, afirmou.
Como de costume, o que já vem se tronando figurinha repetida nos discursos do petista, ele voltou a atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro, desta vez afirmando mais uma vez sem apresentar provas que seu antecessor “abriu as portas para os ilícitos ambientais e o crime organizado”.
Ainda sobre o evento, de acordo com o governo, os países do bloco assinarão uma declaração fixando compromissos para preservação da Floresta Amazônica.