Cientistas descobriram que alguns antigos restos mortais na China pertencem a um fóssil hominídeo diferente de qualquer um já observado até hoje.
O indivíduo não se assemelha nem à linhagem que se dividiu (Homo erectus) para formar os neandertais, nem aos denisovanos (descobertos na caverna de Denisova), nem aos humanos modernos.
Segundo os especialistas, a atual árvore genealógica humana talvez precise ser “atualizada” com outra ramificação. O estudo foi publicado na revista periódica Journal of Human Evolution, em 31 de julho.
Características do fóssil que diferem o hominídeo
De acordo com os pesquisadores, os ossos da mandíbula, crânio e perna do ancestral permanecem sem classificação.
Batizado de HLD 6, os fósseis do hominídeo haviam sido descobertos em Hualongdong, no leste da Ásia, em 2019.
De lá para cá, especialistas da Academia Chinesa de Ciências (CAS) têm buscado relacioná-los a uma linhagem conhecida.
Embora o rosto do hominídeo seja estruturado de modo semelhante ao da linhagem moderna, que se separou do Homo erectus há 750 mil anos, a falta de queixo parece mais com a de um denisovano.
Assim, os pesquisadores do CAS acreditam ter descoberto uma linhagem totalmente inédita, que seria um híbrido entre o ramo dos humanos modernos e o dos denisovanos.
Como muitos fósseis desses hominídeos na China não se encaixam facilmente em nenhuma linhagem, cientistas tentam explicá-los como variações intermediárias — “em um caminho reto para a humanidade moderna”.