Israel prosseguiu com os ataques neste sábado (6) na Faixa de Gaza, de onde a Jihad Islâmica respondeu com disparos de foguetes, na escalada mais grave de violência no território palestino desde a guerra de maio do ano passado.
Às 11h30 no horário local (5h30 de Brasília), Gaza parecia uma cidade-fantasma, com ruas vazias e lojas fechadas.
Ao mesmo tempo, os alertas para disparos de foguetes eram ouvidos em localidades de Israel próximas do território palestino, que está sob bloqueio do Estado hebreu. Até o momento, os ataques a partir de Gaza não provocaram vítimas ou danos, segundo o exército israelense. A informação é do Portal R7.
Os militares afirmaram neste sábado que a operação na Faixa de Gaza deve durar uma semana.
Um porta-voz militar afirmou que “atualmente não há negociações para um cessar-fogo”, depois das informações de que o Egito tenta atuar como mediador para acalmar a situação no território palestino.
A única central de energia elétrica da Faixa de Gaza foi obrigada a fechar por falta de combustível, o que “agravará a situação humanitária”, segundo a empresa.
Israel fechou as passagens para mercadorias e pessoas com o território palestino na última terça-feira por temer represálias após a detenção de um líder da Jihad Islâmica. Os bloqueios reduziram as entregas de diesel necessárias para abastecer a central.
O exército de Israel bombardeia o território desde sexta-feira e alega que os ataques são direcionados contra locais de fabricação de armas da Jihad Islâmica, um grupo alinhado ao movimento Hamas — que governa a região —, mas que geralmente atua de forma independente.
Os ataques mataram um dos líderes da organização, Tayseer al Jabari ‘Abu Mahmud’. Em represália, o braço armado da Jihad Islâmica lançou mais de 100 foguetes contra Israel e afirmou que era uma “resposta inicial”.
O exército israelense informou que 15 combatentes do grupo armado morreram nos ataques.
As autoridades de Gaza anunciaram um balanço de 12 mortos, incluindo uma menina de cinco anos, e 80 feridos.
De acordo com Mohamed Abu Salameh, diretor do principal hospital de Gaza, os médicos enfrentam uma “grave escassez de material”.