Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi levado ao Hospital Regional do Gama, a 37 quilômetros do Presídio Federal de Brasília, para realizar exames médicos.
Marcola está preso na unidade de segurança máxima desde janeiro, vindo da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Na época, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, alegara que a transferência do preso ocorreu por suspeita de um plano de resgate do líder do PCC.
A ida até o complexo hospitalar demandou forte esquema de segurança. Ele foi levado de helicóptero, sob escolta de quase cem policiais.
Marcola tem quase 400 anos de pena para cumprir
Desde que foi preso, em 19 de julho de 1999, Marcola já cumpriu 24 anos de prisão em regime fechado.
De lá para cá, outras condenações se juntaram à primeira, fazendo com que o tempo de permanência dele no sistema prisional ainda seja de 338 anos.
Antes, a punição era de 342 anos. Mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reduziu quatro anos de uma condenação por roubo, cometido em 1986.
A maior condenação de Marcola ocorreu em 2013. Foram mais 160 anos de prisão quando foi considerado culpado pela chacina de oito pessoas na Casa de Detenção no Carandiru, em São Paulo.
Marcola nega ser líder do PCC
Em todos os interrogatórios pelos quais passou, Marcola sempre negou ser integrante do PCC. O Ministério Público, no entanto, o denuncia como o mandante de chacinas, atentados e assassinatos de agentes públicos. Ele também responde por formação de quadrilha e associação à organização criminosa.
Desde quando foi indicado como líder da facção, Marcola foi responsável por comandar uma série de crimes dentro da prisão. Entre os mais marcantes estão a morte de um juiz de São Paulo, em 2003, e a onda de ataques executados contra agentes públicos de segurança em 2006.