A possibilidade de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indique o senador Rodrigo Pacheco para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal está gerando tensão no círculo político de Pacheco. Lula tem falado em indicar uma mulher para a vaga, mesmo que haja candidatos homens que atualmente tenham maior proximidade com o presidente. Caso a vaga de Rosa Weber não seja preenchida por uma mulher, a Corte de 11 ministros contará apenas com uma representante do gênero feminino: a ministra Cármen Lúcia.
Outro problema destacado por um político próximo a Lula, que pediu anonimato, é a presidência do Senado após o mandato de Pacheco à frente da casa legislativa. Davi Alcolumbre busca ser reconduzido ao cargo, mas o PT não tem a menor intenção de apoiá-lo. No entanto, membros do governo tratam o assunto com cautela, pois um rompimento com Alcolumbre agora seria desastroso. Em vez disso, eles planejam negociar com o grupo do senador cargos e ministérios quando o pleito estiver mais próximo. O Senado é crucial para a governabilidade do governo Lula, que necessita do apoio do STF e deve manter controle sobre a presidência da casa para garantir segurança aos ministros da suprema corte, que são fiscalizados pela Câmara Alta.
