O hacker admitiu à PF que já tentou grampear o celular do ministro do STF Alexandre de Moraes. Walter Delgatti Neto foi preso nesta 4ª
A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quarta-feira (2/8), o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por ter vazado conversas de autoridades envolvidas na Operação Lava Jato, inclusive do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Esta é a terceira vez que o hacker é preso.
De tentar grampear o telefone do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a cursar direito em três universidades, Delgatti coleciona infrações e crimes cibernéticos contra autoridades brasileiras. Ele ganhou fama como o “hacker da Vaza Jato”.
Nos últimos meses, o hacker confirmou que trabalhava para a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), alvo da mesma operação da PF deflagrada nesta quarta.
No entanto, a ligação de Delgatti com Zambelli não é segredo, uma vez que a própria parlamentar publicou nas redes sociais uma foto ao lado do hacker (veja abaixo).
O hacker admitiu à PF, em fevereiro deste ano, a tentativa de invadir o celular e o e-mail do ministro Alexandre de Moraes, segundo ela, havia diversos clientes interessados por esse serviço.
Confira as prisões de Delgatti:
- Em julho de 2019, durante a Operação Spoofing;
- Em junho de 2023, por descumprir medidas judiciais; e
- 2 agosto de 2023 (operação recente da PF).
No momento, Delgatti está matriculado na Universidade Anhanguera de São Paulo, segundo o perfil dele no LinkedIn. Ainda de acordo com a página, ele tem experiência como desenvolvedor sênior, mas trabalha de forma freelancer.
Ainda segundo o perfil profissional, o “hacker da Vaza Jato” cursou direito em três universidades durante 2017 e 2023. Na Uniara, na Universidade de Ribeirão Preto e na Universidade Paulista. Mas não ficou mais de um ano nas instituições de ensino.
Confira:
Entenda
A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação 3FA contra a deputada federal Carla Zambelli (PL) e Walter Delgatti, conhecido como o “hacker da Vaza Jato”, em ação realizada na manhã desta quarta-feira (2/8). Delgatti foi preso preventivamente em São Paulo.
Ao todo, são quatro mandados de busca e apreensão tanto no apartamento funcional quanto no gabinete da deputada, em Brasília, e um mandado de prisão preventiva, em São Paulo, contra Delgatti.
O objetivo da operação é esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).