A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) tomou uma decisão drástica em relação ao ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, e sua esposa, Daniela Baumohl Weintraub. Ambos tiveram seus salários suspensos pela instituição após constatação de que receberam pagamentos durante o primeiro semestre sem exercerem suas funções como docentes.
Publicidade
Abraham Weintraub ficou afastado da universidade até outubro do ano passado, período em que ocupou um cargo na diretoria do Banco Mundial, nos Estados Unidos. Posteriormente, entrou em férias até 1º de novembro, mas surpreendentemente não retornou ao Brasil após esse período.
Mesmo estando ausente das aulas, Weintraub recebeu o salário integral de R$ 4.020 de dezembro de 2022 a março deste ano, totalizando um montante de R$ 16.000, de acordo com informações da Controladoria-Geral da União. Intrigante é o fato de que, durante esses quatro meses, o ex-ministro era designado para ministrar disciplinas do curso de ciências contábeis no campus da Unifesp em Osasco (SP).
Agora, com os detalhes sobre a ausência de Abraham Weintraub, a instituição resolveu abrir uma investigação para averiguar os pagamentos indevidos e, como medida cautelar, suspendeu os salários referentes a abril e maio.
Em meio a essa controvérsia, a Unifesp afirmou que, caso seja comprovado o recebimento indevido, os valores deverão ser devolvidos ao erário por meio do devido processo administrativo. Isso demonstra o compromisso da universidade em zelar pelo uso adequado dos recursos públicos.
Além disso, Daniela Weintraub, também professora da Unifesp, está enfrentando um processo administrativo por abandono de cargo. A esposa de Abraham Weintraub deveria ter retornado ao campus em novembro do ano passado, após um período de afastamento por motivos de saúde. Entretanto, a CGU registrou pagamentos nos meses de janeiro e fevereiro mesmo sem a sua devida atuação na universidade.
Internamente, a direção da Unifesp tem dito que a medida tem como objetivo garantir a regularidade dos pagamentos aos servidores e assegurar a correta prestação de serviços à comunidade acadêmica.
Até o momento, Weintraub não se manifestou sobre o tema.