O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou na tarde desta terça-feira (1º/8) que subiu para 14 o número de mortos na Operação Escudo da Polícia Militar (PM) no Guarujá, deflagrada após o assassinato de um soldado na cidade do litoral paulista.
Patrick Bastos Reis. de 30 anos, era da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM, e foi morto com um tiro dentro da viatura, enquanto fazia patrulhamento com mais três policiais em uma comunidade do Guarujá, na noite da última quinta-feira (27/7).
Tarcísio se referiu aos confrontos entre criminosos e policiais como um “efeito colateral” da estratégia que visa a “asfixiar” o crime organizado que controla a Baixada Santista. O governador afirmou que eventuais “excessos” por parte das forças de segurança serão investigados e, se confirmados, haverá punição.
“Quem é que vai subir numa área dominada pelo crime e vai ser recebido de uma forma amistosa? A polícia não quer o confronto, isso não interessa para ninguém. Quando você faz uma asfixia em um local, você tem uma reação. Isso significa que a operação está gerando incômodo, que está prejudicando o ‘business’. Nós não queremos o combate, mas também não vamos nos curvar ao crime”, disse Tarcísio.
Tarcísio de Freitas classificou a situação na Baixada como uma”guerra contra o narcotráfico” e avalia que a região foi tomada pelo crime organizado. Ele disse ainda que a polícia vai entrar em confronto apenas “em último caso”, se “dispararem contra ela primeiro”.
O governador declarou que não chegou a ele nenhuma informação de que houve excesso por parte da polícia, mas se comprometeu a “punir severamente” qualquer abuso.