O comediante de esquerda Tiago Santineli, crítico do ex-presidente Jair Bolsonaro, lançou um vídeo polêmico, na semana passada, intitulado Antipatriotas. O curta se baseia no Bastardos Inglórios, filme do cineasta Quentin Tarantino que mostra soldados norte-americanos matando nazistas.
No teaser, é possível ver um sósia do dono da Havan, Luciano Hang, apoiador de Bolsonaro, ser morto a pauladas. Antes do assassinato, o empresário é chamado de “idiota de verde” e tem de se ajoelhar em estrume de vaca. “Você tá ligado que nosso negócio não é fazer notinha de repúdio contra vocês”, diz o comediante de esquerda. “Nosso negócio é descer a porrada na cabeça de patriota.”
Durante uma espécie de interrogatório, Hang se recusa a entregar a localização de uma colega chamada Nicole. “Não vou colocar a vida de patriota em risco”, diz o empresário. “Não vou falar nada para você nem para esses comunistas maconheiros.”
Santineli dobra a aposta e se dirige a um colega. “Tem patriota querendo se encontrar com Olavo”, afirma, em alusão ao filósofo, morto em janeiro de 2022.
Surge, então, o rapper Djonga, conhecido por músicas de cunho político com viés esquerdista. “Quer dizer que, depois de tudo, você achou que não ia acontecer nada?”, pergunta Djonga, antes de acertar o taco de beisebol na cabeça de Hang.
Luciano Hang não foi o único alvo
Em 2020, a “cabeça” do então presidente Bolsonaro virou bola durante uma partida de futebol do movimento Indecline. O objeto ultrarrealista foi confeccionado pelo “artista” espanhol Eugenio Merino e faz parte do projeto Freedom Kick (Chute de Liberdade, em tradução livre).
A publicação gerou revolta nas redes sociais. No vídeo, uma jovem rouba a cabeça de Bolsonaro de dentro de um túmulo e leva a uma quadra esportiva, onde o grupo joga futebol usando a peça.
Revista Oeste