Um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA) vai cair na Terra nesta sexta-feira (28). O Aeolus vai fazer sua reentrada nesta noite depois de uma redução de órbita que durou quatro dias.
“Isso é único, o que estamos fazendo. Você não encontra realmente exemplos disso na história dos voos espaciais”, disse Holger Krag, chefe do Escritório de Detritos Espaciais da ESA, durante uma coletiva de imprensa em 19 de julho. a primeira vez que sabemos [que] fizemos uma reentrada assistida como esta.”
O Aeolus
- O Aeolus orbita a Terra desde 2018, quando se tornou o primeiro satélite a medir os ventos do nosso planeta a partir do espaço.
- A missão sobreviveu muito além do planejado, que era de um ano, e foi finalmente encerrada depois de o combustível do Aeolus praticamente acabar, no início de julho de 2023.
- Desde então, ela vem caindo em direção à Terra.
- Nesta segunda-feira (24), o equipamento atingiu uma altitude de 280 quilômetros, permitindo que os cientistas da ESA iniciassem a missão de retorno.
- O objetivo é usar a pequena quantidade de combustível que a Aeolus ainda conta.
Inícios das operações de reentrada
- A gerente de operações da ESA, Isabel Rojo Escude-Cofiner, explicou como a operação para trazer Aeolus para a Terra vai prosseguir.
- “Isso começará com um conjunto inicial de manobras que serão executadas na segunda-feira para reduzir a altitude de 280 km que o satélite deve ter até lá, para 250 km e colocá-la em uma órbita elíptica. Se tudo correr conforme o planejado, isso será seguido três dias depois por outro conjunto de manobras que pretende baixá-lo ainda mais de 250 km para150 km) de altitude”.
Existem riscos
- Segundo a Agência Espacial Europeia, o risco de colisão com outros equipamentos durante as manobras deve ser baixo.
- Ainda assim, se houver qualquer possibilidade disso acontecer, a operação deve ser suspensa.
- “Antes de fazermos qualquer tipo de manobra, tudo isso é levado em conta, e quaisquer riscos de conjunção são avaliados nesse momento. Então o desvio do plano é possível. Esse é um dos múltiplos desafios que vamos enfrentar”, observou Isabel Rojo Escude-Cofiner.
- Se houver algum tipo de falha , a Aeolus fará a reentrada de forma natural e não guiada.
Equipamento não será recuperado
- Mesmo que a missão de retorno seja um sucesso, o satélite deve se desintegrar conforme se aproxima do solo.
- Os cientistas calculam que cerca de 80% do equipamento e seja completamente destruído.
- Os 20% restantes cairão no Oceano Atlântico, o que significa que não há planos para recuperar nenhum pedaço da Aeolus.
- Os acontecimentos serão estudados para ajudar na construção de bases para futuras missões que trarão outros equipamentos espaciais de volta à Terra com pouco risco para propriedades ou populações.
Créditos: Olhar Digital.