A dona de uma lanchonete em Cubatão (SP) afirma ter caído no golpe do ‘troco via Pix’. O criminoso entrou em contato por WhatsApp se passando por um falso delegado, pediu duas marmitas e ainda deu o endereço de um distrito policial para receber a encomenda. O valor da compra foi de R$ 47 e o ‘golpista’ pediu troco para R$ 200.
Ao g1, Silvia Maria contou, nesta sexta-feira (28), que o motoboy que trabalha para ela encontrou três entregadores de outros comércios, que também teriam sido vítimas. O criminoso usava o nome de ‘delegado Bruno’ e pediu duas ‘quentinhas’ de bife acebolado e um refrigerante.
De acordo com dona da lanchonete, a intenção do bandido era que ela enviasse o troco via Pix antes de concretizar a entrega das marmitas. “Nos sentimos humilhados”, disse Silvia, que tem comércio no bairro Vila Esperança. Ela afirmou não ter feito a transferência de R$ 153.
“Tivemos o trabalho de fazer a comida, além do motoboy, que foi até lá fazer a entrega […]. Ele nos ligou avisando: ‘Olha, não tem nenhum delegado Bruno aqui”, disse Silvia Maria.
O motoboy da lanchonete precisou fazer um percurso de 17 quilômetros, que leva aproximadamente meia hora, para se deslocar da Vila Esperança ao DP Sede da Cidade, no bairro Vila São Jorge.
“Nos sentimos humilhados por saber que as pessoas usam de má fé desse jeito”.
Nas conversas via WhatsApp, enviadas pela lanchonete ao g1, é possível ver que a pessoa usou uma foto de um homem vestindo uma camisa preta e com um distintivo no peito. A dona da lanchonete disse que, logo após receber a ligação do motoboy, o golpista desapareceu do aplicativo.
Silvia acrescentou não ter registrado um Boletim de Ocorrência sobre o caso. O g1 não localizou mais estabelecimentos vítimas do golpe na cidade. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou à reportagem estar apurando o caso.
Golpe via WhatsApp
A mulher afirmou ter o comércio na cidade há 15 anos e que, durante este período, nunca sofreu um golpe do tipo. Ela revelou a surpresa por uma pessoa se passar por uma autoridade para aplicar a tramoia.
“Usou o nome da polícia e o endereço da delegacia para fazer com que acreditássemos. Deve ter feito isso com várias pessoas”, finalizou.
G1