As imagens da suposta hostilização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), feitas pelo circuito interno de câmeras do Aeroporto Internacional de Roma, estão paradas na Itália.
De acordo com a coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, não há previsão de envio ao Brasil. A Polícia Federal (PF) pediu as imagens à corporação italiana logo depois de incidente, em 14 de julho, quando Moraes voltava de uma palestra em uma universidade.
A PF supunha que o material seria rapidamente enviado em razão de um acordo de cooperação internacional entre os dois países. Entretanto, segundo a coluna, diante da repercussão do caso, a polícia italiana entendeu que a liberação dependia de autorização judicial.
Agora, segundo Malu Gaspar, o juiz decidiu consultar o Ministério Público da Itália e não há data para uma decisão.
Imagens podem solucionar conflito de versões sobre a suposta agressão a Moraes
As imagens são consideradas fundamentais para comprovar a versão de Moraes, de que foi hostilizado e de que um dos brasileiros deu um tapa nos óculos do filho do ministro, de 27 anos.
Os três brasileiros — Roberto Mantovani, sua mulher Andreia Munarão e seu genro, Alex Zanatta — negam e dizem que eles foram agredidos pelo filho de Moraes.
Moraes disse que a confusão começou quando Andreia o chamou de “bandido, comunista e comprado” quando ele se aproximava da sala VIP do aeroporto. Em seguida, Mantovani teria agredido o filho do ministro. O genro do casal, Alex Zanatta, também teria se envolvido na briga.
Em depoimento à PF, Andréia disse que reclamou que Moraes tinha privilégios por entrar em uma sala VIP onde eles tinham sido barrados e os três negam ter feito referências ao trabalho de Moraes no TSE. Mantovani também afirmou que o filho do ministro reagiu de forma violenta ao comentário de sua mulher e que ele foi obrigado a conter o rapaz.
Depois que os três voltaram ao Brasil, a Polícia Federal, com autorização da ministra Rosa Weber, presidente do TSE, autorizou busca e apreensão nas casas dos suspeitos, medida considerada excessiva no meio jurídico.
Revista Oeste