A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, disse nesta quinta-feira que já foi vítima de assédio sexual e moral. A declaração foi dada durante o lançamento de um grupo interministerial criado para combater o assédio no serviço público.
– Eu como mulher, com tantos anos de profissão (de socióloga), falo com convicção sobre o assunto, por já ter sofrido assédio, assédio moral e assédio sexual. Eu tenho certeza que muitas mulheres que estão aqui presentes já vivenciaram isso ou já presenciaram em algum momento no seu ambiente de trabalho – declarou Janja.
O evento contou com a participação dos ministros Esther Dweck (Gestão, Inovação e Serviços), Anielle Franco (Igualdade Racial), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da União).
Em seu discurso, Janja também pediu para não ser colocada na “caixinha de primeira-dama”.
– Não tem problema me chamar de primeira-dama, só não me coloque na caixinha, por favor, nessa caixinha eu não vou entrar nunca, podem ter certeza disso.
Ela também declarou que mulheres, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+ são os grupos que mais sofrem com o assédio.
– O assédio moral e o assédio sexual, assim como todas as formas de discriminação, violam os direitos humanos e ameaçam a igualdade de oportunidades, principalmente quando estamos falando de oportunidades de trabalhos para mulheres, pessoas negras, para as pessoas com deficiência e para as pessoas LGBTQIA+.
O grupo interministerial será coordenado pela ministra Esther Dweck e terá seis meses para elaborar um relatório, que terá o nome de “Plano de Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação na Administração Pública Federal”.
Créditos: O Globo.