O papa Francisco fez um aceno em favor da comunidade trans. O líder máximo da Igreja Católica falou sobre o assunto ao responder a perguntas enviadas por fiéis, na terça-feira 25, conforme divulgaram os canais de comunicação do Vaticano.
Em formato de podcast, o Vaticano demonstrou que Francisco respondeu a mensagens de áudio enviadas por jovens. Ao papa, Giona, que se apresentou como jovem italiana, de 20 anos, admitiu estar “dividida pela dicotomia entre a fé (católica) e a identidade transgênero.”
“Deus nos ama como nós somos”, respondeu o papa. “O Senhor sempre caminha conosco, mesmo que sejamos pecadores. Ele se aproxima para nos ajudar.”
Ainda em relação à comunidade trans, o papa afirmou que a Igreja Católica prega o respeito às pessoas que se identificam como LGBTs. De acordo com ele, esse público precisa ser tratado com respeito e compaixão. Além disso, o religiosos afirmou que é preciso respeitar os direitos humanos desses cidadãos.
Segundo o site do canal de TV CNN Brasil, o papa Francisco, de 86 anos, ainda chegou a defender mudanças em determinadas leis espalhadas pelo mundo. Conforme o noticiário, o líder da Igreja Católica classificou como “pecado e injustiça” regras que criminalizam homossexuais. “Quem sou eu para julgar”, chegou a dizer o pontifície.
Papa Francisco faz aceno à comunidade trans, mas defende casamento apenas entre héteros
Ainda segundo registro da CNN Brasil, o papa Francisco segue, mesmo com acenos à comunidade trans, com o pensamento de que casamento só pode ocorrer entre homens e mulheres. Tal definição é defendida pela Igreja Católica desde a sua criação, assim como a maioria das vertentes de denominações evangélicas.
Em meio aos discursos do papa, a expectativa é que assuntos relacionados a trans e homossexuais entrem oficialmente na pauta de discussões da Igreja Católica. De acordo com a CNN, temas nesse sentido podem mover a discussão da próxima cúpula mundial de bispos, que deve ocorrer em outubro de 2024. Héteros que se divorciaram e casaram posteriormente, fora dos dogmas católicos, também devem ter espaço no encontro.
Revista Oeste