O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que se tiver um “movimento de rua” deve ser para pedir a liberdade dos presos envolvidos nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro nos prédios da Praça dos Três Poderes.
“Tem que ser para pedir a liberdade desse pessoal que está lá. Meus assessores já estão presos há 70 dias de forma covarde”, afirmou Bolsonaro durante evento de filiação do ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Fernando Holiday.
No início do ano, bolsonaristas descontentes com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília, depredaram o local e entraram em confronto com a Polícia Militar, enquanto pediam para que as Forças Armadas dessem um golpe para que o candidato derrotado retornasse ao poder.
Mais de 2 mil pessoas foram presas em flagrante e ao longo dos meses seguintes pela Polícia Federal. Os homens foram levados para a Papuda, e as mulheres, para o presídio da Colmeia.
Bolsonaro também repetiu uma mentira da época do seu retorno ao Brasil, após meses nos Estados Unidos. Ele afirmou que “o governo retirou dois carros blidados” que ele teria escolhido. Mas pontuou que segue usando os dois veículos oficiais que foram colocados à disposição dele.
Entretanto, na época, a Casa Civil afirmou que ex-presidentes não possuem direito a veículos blindados.
Confira a nota da Casa Civil na época da volta de Bolsonaro:
“A Casa Civil da Presidência da República esclarece que nenhum ex-presidente tem direito à utilização de carro blindado. Conforme prevê a Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986, os ex-presidentes têm direito a dois veículos oficiais e respectivos motoristas. Nenhum ex-presidente utiliza veículos blindados cedidos pela presidência da República.
Reforçamos que os dois veículos oficiais foram disponibilizados e estão sendo utilizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.”
Créditos: Estado de Minas.