Poucas horas após a Polícia Federal anunciar, na manhã desta segunda-feira (24), a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, em operação destinada a investigar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, usuários nas redes voltaram a disseminar uma desinformação antiga que tenta relacionar o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao crime.
No Twitter, por exemplo, dois posts sobre o tema publicados nesta manhã já acumulam mais de 200 mil visualizações e 3.000 compartilhamentos. A mesma peça de desinformação também circula em outras redes sociais, como Facebook e Instagram.
‘Pra ninguém esquecer.’ Foto descontextualizada de Carlos Bolsonaro voltou a circular nas redes nesta segunda-feira (Reprodução/Twitter).
De acordo com as publicações enganosas, o vereador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria publicado uma foto segurando uma arma de fogo e um vaso de flores “minutos após o assassinato de Marielle”, o que não é verdade. Essas peças, desmentidas pelo Aos Fatos em 2019, usam uma foto publicada no Twitter de Carlos em 2016, quase dois anos antes do crime.
Delação. Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que o ex-policial militar Élcio Queiroz, preso em 2019, admitiu em delação ter participado do assassinato da vereadora. No depoimento, Queiroz afirmou que o ex-policial Ronnie Lessa, preso no mesmo ano, e o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa também participaram do crime.
O detalhamento feito na delação motivou a operação realizada nesta segunda-feira, que prendeu Corrêa e realizou ações de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro. É importante ressaltar que, em nenhum ponto da entrevista, o ministro Flávio Dino fez menção sobre a participação da família Bolsonaro no crime.
Créditos: Terra.