O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou nesta segunda-feira (24) que “quase jogou a toalha” durante a tramitação da reforma tributária na Casa. Em discurso no almoço debate promovido pelo grupo empresarial Lide, e organizado pelo ex-governador João Doria, o político alagoano disse que se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não tivesse apoiado a reforma tributária, o projeto não teria sido aprovado na Câmara.
Lira espera que a matéria seja promulgada ainda neste ano para que as discussões sobre as leis complementares fiquem para o primeiro semestre de 2024.
“Depois da votação alguns chegaram e disseram: ‘Se fosse de outro jeito, não sairia’. Quem trabalha com 513 deputados sabe como é a discussão, cada um representa uma ideologia e uma forma de pensar. Na quarta-feira eu quase jogo a toalha, na quinta tomei um copo de água junto com líderes, [a reforma] voltou a pegar força e foi votada”, disse Arthur Lira.
“São Paulo é o principal Estado produtor, é o maior Estado consumidor, é onde tem o maior PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil, maior economia e sempre se posicionou contrário. Então queria aqui ressaltar a importância do governador Tarcísio, que teve a coragem de vir para a discussão, de fazer as suas ponderações, de trazer toda a bancada de maneira mais confortável e aí todo o empresariado. Se não fosse isso, nós não teríamos a reforma de novo”, disse Lira no hotel Palácio Tangará, em São Paulo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) também foi elogiado pelo presidente da Câmara.
“O compromisso de que nessa caminhada não fosse visto como projeto de um governo, um compromisso que fosse como foi, suprapartidário. (…) É uma reforma que pertence ao Brasil, é reforma estruturante, de Estado. Engajamos o executivo, os governos estaduais, prefeitos e os setores da economia para fazer a reforma tributária andar. Queria enaltecer o ministro Haddad que participou de todas as conversas e deu subsídios necessários”, complementou.
Gazeta Brasil