Uma mulher de 28 anos, no Texas, EUA, ficou cerca de dois anos incapaz de se mover ou emitir qualquer tipo de som depois de sofrer uma hemorragia cerebral rara. Megan Guerra estava em forma e muito saudável, ela trabalhava como especialista em cuidados com a pele em uma clínica na cidade.
Porém, ao se deitar para começar a realizar um procedimento estético facial experimental, ela começou a sentir uma dor intensa na cabeça antes que sua visão escurecesse. Ela foi levada às pressas ao hospital onde os médicos a diagnosticaram com uma malformação arteriovenosa (MAV), que havia se rompido.
“Meus colegas de trabalho imediatamente perceberam minha urgência e me levaram para o hospital. Eu lembro de pensar que iria morrer. Não houve repetição de memórias como nos filmes. Não pensei no que poderia ter feito melhor. Eu estava apenas com uma dor lancinante”, explica Guerra.
MAV é um grupo de vasos sanguíneos que se forma incorretamente durante o desenvolvimento do feto no útero ou logo após o nascimento do bebê. Isso leva a emaranhados anormais ou emaranhados de vasos sanguíneos que contornam o tecido normal e são propensos à ruptura.
Os pacientes podem viver décadas sem saber que têm a formação e antes de serem diagnosticados com MAV. Às vezes, não é até que eles enfrentem um sangramento cerebral repentino e inesperado que eles descobrem.
A quebra provocou um grande sangramento cerebral, que levou a um derrame na parte do cérebro responsável por controlar a respiração, a frequência cardíaca, a deglutição, a pressão sanguínea e a consciência.
Guerra passou três meses em coma no hospital, enquanto a família era lembrada frequentemente de que não poderia sobreviver. A equipe médica lhe dava uma droga a cada oito horas para estimular seu sistema nervoso central.
Quando se recuperou, ficou totalmente paralisada e passou 14 meses em uma clínica para recuperar a capacidade de se mover e falar.
Ela então recebeu alta para uma clínica de reabilitação aguda e cuidados intensivos de longo prazo em Dallas, onde passou quatro meses passando por 40 horas de terapia por semana para recuperar suas forças.
Os médicos podem tratar a condição também por meio de cirurgia ou embolização, um procedimento que envolve a injeção de uma substância nas artérias e veias do emaranhado para bloqueá-las. Porém, devido a região onde a MAV de Guerra estava, os profissionais acharam melhor não seguir com uma cirurgia.
“Atualmente, meu lado esquerdo ainda se move muito mais facilmente do que o direito, mas não acredito que seja assim por muito tempo. Posso falar muito bem. Eu tenho fonoaudiologia para ajudar com certos sons, então estou mais inteligível”, diz.
Segundo Guerra, sua filha, Taylor, que agora tem 10 anos, foi sua maior força de vontade em realçao a sua recuperação.
Créditos: Extra/Globo.