Outra paralisação na região é a da Chevrolet, em São José dos Campos, com 1.200 funcionários parados. Na fábrica são feitos a picape S10 e o SUV Trailblazer, que estão próximos a ser reestilizados – uma parada para adequação na linha seria normal se não fossem as baixas vendas.
Além de Volkswagen e Chevrolet, Renault, Mercedes e Scania também fizeram suspensões de contratos e reduziram a produção de suas fábricas. Ao todo, cerca de 12 mil trabalhadores foram afetados com essas paradas.
“É adequação de estoque. Por mais que a gente tenha tido vendas médias no mês passado, não consigo falar que são boas”, disse Milad Kalume Neto, consultor da Jato.
Para ele, a falta de demanda no varejo é um dos agravantes e prevê que, se a economia não melhorar e as vendas não subirem, o próximo passo das montadoras vai ser o de promover demissões.
“Aí entram os fatores do preço elevado e dos juros elevados. A expectativa é de baixar na próxima reunião do Copom, além de leis que podem facilitar a retomada de bens financiados, o que pode ajudar a liberar mais crédito no mercado”, afirma.