A direção-geral da Polícia Federal (PF) confirmou a existência de imagens dos supostos atos de hostilidade contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seus familiares, no aeroporto de Roma, na sexta-feira 14.
As autoridades italianas teriam separado o material gravado, além de determinar ao aeroporto a preservação total de todas as gravações do ocorrido. As imagens, agora, seguem em sigilo.
O conteúdo será entregue na íntegra à Polícia Federal brasileira, pela polícia italiana. Contudo, é necessário cumprir alguns trâmites burocráticos para que o material seja anexado a inquérito policial que corre na Diretoria de Inteligência (DIP) da PF, em Brasília.
Pedido feito pela Polícia Federal a autoridades italianas
O órgão brasileiro fez a solicitação à polícia italiana, por meio da Secretaria Nacional de Justiça brasileira, para ter acesso às imagens. Assim que foi autorizado, o que ainda não ocorreu, a Interpol remeterá as gravações para sua unidade de atividade no Brasil, que as repassará imediatamente ao delegado em Brasília que preside o inquérito.
Todo esse procedimento é eletrônico, com envio de arquivos de mídia por nuvem entre as instituições. Quando tiver posse do material, o delegado vai encaminhá-lo para perícia, onde será degravado, ou seja, terá seu áudio transformado em texto, para poder auxiliar na investigação.
Entenda o caso envolvendo Alexandre de Moraes
Na sexta-feira 14, o ministro do STF alegou ter sido alvo de ofensas no Aeroporto de Roma, na Itália. Alexandre de Moraes estava acompanhado da família. Os insultos teriam começado quando o magistrado teria sido confrontado por um grupo de brasileiros.
Uma mulher teria hostilizado Moraes, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. À PF, o magistrado informou que o seu filho, de 27 anos, foi agredido por um dos manifestantes.
O magistrado retornava da Universidade de Siena, onde havia ministrado uma palestra no Fórum Internacional de Direito.
Alex Zanatta Bignotto, terceiro envolvido que foi identificado pela PF, prestou depoimento no domingo 16. Os três envolvidos serão investigados em inquérito por crimes contra honra e ameaça.