Por determinação da 1ª Vara Especializada em Crime Organizado, a pedido do Gaeco, a Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (4), o bicheiro Rogério de Andrade em decorrência dos documentos encontrados pela Polícia Federal (PF) na casa onde ele se encontrava, em Araras (Petrópolis). No pedido de prisão, os promotores alegam que o material aprendido comprova que o bicheiro continua operando como líder de sua organização criminosa, razão pela qual deixam de existir as razões que levaram o Supremo Tribunal Federal (STF) a suspender o pedido anterior de prisão.
Os documentos, segundo o Gaeco, comprovam que Rogério de Andrade continuava a receber recursos provenientes de jogos de azar e a pagar propina para proteger-se da polícia. Uma das provas revela que um emissário teria cobrado os atrasados de propina para quatro delegacias de polícia do Rio.
Por duas ocasiões, esse ano, o ministro Nunes Marques suspendeu os efeitos de prisões preventivas contra Rogério de Andrade, a primeira dela pela acusação da morte do rival Fernando Iggnácio e a segunda por liderar uma organização criminosa. Na segunda decisão, tomada essa semana, o ministro alegou que as imputações feitas contra Rogério eram antigas e estavam alcançadas pelos efeitos de sua primeira decisão.