Jim Caviezel ator cancelado por representar Jesus Cristo no filme A Paixão de Cristo, estreou recentemente seu novo filme The Sound of Freedom. Caviezel interpreta a história real de Tim Ballard, ex-agente americano que luta contra o tráfico infantil.
“Eu tive que me confrontar com a ideia de que milhões de crianças são exploradas sexualmente porque existe uma demanda de milhões de pedófilos para assistir vídeos de exploração sexual”, afirmou o agente Tim Ballard.
Tim Ballard e Jim Caviezel promoveram o filme para denunciar o crescimento e a expansão das redes de exploração sexual infantil internacionais.
Outro problema apontado pelos entrevistados é que os casos de pedofilia vem sendo omitidos deliberadamente dos canais de informação.
O filme toca um assunto sensível e polêmico, talvez por esses motivos que vem sendo ignorado por grande parte da mídia. Jim Caviezel é famoso por participar de filmes que desagradam a mídia tradicional. Com The Sound of Freedom não foi diferente.
“Eu assumi o risco de participar desse papel porque quando você tem três crianças que você ama, que você daria sua vida por elas, isto se conecta ao Tim Ballard e ao que Tim fez por essa pequena menina e pelas crianças que ele salva. É algo que cumpre um propósito maior que sua carreira. Eu já passei por isso com Mel Gibson quando a gente filmou A Paixão, a última coisa que pensei naquele momento foi minha carreira, eu pensei apenas no Deus que eu amo e em todo o amor que Ele devotou para mim, eu não seria nada sem Ele, ele me deu propósito, me deu a vida”, afirmou Caviezel em entrevista com Jordan Peterson.
“Este filme retrata algo que ocorre agora, está expondo algo que ocorre no presente. É muito mais fácil retratar um filme depois que os fatos e as controvérsias foram esclarecidos. Imagine se Ruanda tivesse sua história contada por um filme durante sua guerra civil.
É necessário entender que pessoas boas se retraem e não fazem nada, o que permite que o mal ocorra. É necessário que existam pessoas que se levantem no tempo em que esse mal ocorre e é isto que me trouxe a essa história, a esse papel em primeiro lugar.”.
Jim Caviezel explicou que teve contato com diversos agentes do ramo para fazer o papel para o filme, em um determinado momento, ele pediu para ter contato com o material que trabalhavam para sentir verdadeiramente a dor que os agentes sentem em seu trabalho e o ator afirmou:
“Os agentes com quem eu trabalhava em um caso particular me perguntaram ‘você tem certeza que quer ir tão longe?’, eu estava tenso, mas sabia que era por isso que Tim passava e é isso que preciso ver para poder imergir no papel e fazer com que o povo sinta vontade de fazer algo, fazer algo a respeito.
A dor em meu coração de ver esse material é muito melhor que a dor no futuro”.
Caviezel denuncia que a mídia, que deveria alertar às pessoas a realidade deste problema, está ignorando-o:
“Se eu tiver que ver isso para salvar meus filhos, se eu tiver que ver isso para me motivar a salvar minha sobrinha falando para minha irmã: ‘não, não é uma boa escolha deixar uma menina de 13 anos voltar sozinha a pé da escola (…) não até que essas coisas mudem. Minha irmã é uma ótima mãe, mas ela não está alerta a esse problema porque a mídia, que deveria fazer um bom trabalho e dizer a verdade, eles estão deixando o problema de lado, não falando sobre, evitando.”.
Jordan Peterson afirma que o filme denuncia o problema com maestria:
“O problema do tráfico sexual de crianças ganha foco neste filme em um caso particular, o que fortalece a narrativa porque o problema é particularizado e mostra como pode afetar a vida de pessoas específicas. Isto torna a narrativa muito mais realista, muito mais palpável e eu acredito que o filme fez um bom trabalho neste sentido.”.
Créditos: Brasil Paralelo.