O governo federal terá de aumentar os recursos destinados para bancar o Minha Casa, Minha Vida em R$ 20 bilhões. Caso contrário, o programa social poderá ser paralisado por falta de orçamento.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os recursos do Minha Casa, Minha Vida devem se esgotar já em agosto, de acordo com estimativa dos valores destinados em maio, — antes do novo teto para imóveis entrar em vigor, passando de R$ 264 mil para R$ 350 mil.
Para impedir a paralisação do programa, uma das bandeiras de Lula, o governo federal deverá aumentar os recursos destinados para a habitação social no país. Atualmente, a cifra disponível para o Minha Casa, Minha Vida gira em torno de R$ 60 bilhões — e pode chegar a R$ 90 bilhões.
A expectativa é que a suplementação do orçamento do FGTS ocorra ainda em 25 de julho na reunião do conselho curador do fundo, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo, nesta terça-feira, 11.
Situação do Minha Casa, Minha Vida no país
O orçamento do FGTS para habitação social é regionalizado. No Sul a situação é mais crítica. A região tem R$ 7,2 bilhões destinados ao setor em 2023, dos quais R$ 5,4 bilhões já tinham sido usados até maio. Naquele mês, o custo do Minha Casa, Minha Vida foi de R$ 1,1 bilhão. Assim, mantendo o ritmo, os recursos acabarão no início de agosto.
No Sudeste, R$ 19 bilhões do orçamento já foram contratados. Só em maio, os recursos destinados ao programa foram de quase R$ 4 bilhões. O orçamento total para este ano na região é de R$ 28,5 bilhões.
No Centro-Oeste, os recursos disponíveis de R$ 1,8 bilhão podem acabar em meados de setembro se não houver suplementação pelo governo.
Revista Oeste