Um vulcão entrou em erupção nesta segunda-feira, 10, na península de Reykjanes, próxima à capital islandesa de Reykjavik. A área já vinha registrando intensas atividades sísmicas há dias, desencadeadas por pequenos terremotos, de acordo com o Escritório Meteorológico (IMO) do país.
Marcando o terceiro incidente em dois anos, a “pequena erupção”, como indicam os especialistas, é resultado da movimentação do magma abaixo do solo.
Ao todo, o território islandês conta com 33 sistemas vulcânicos ativos no momento, representando o maior número da Europa. Em média, o país registra uma erupção a cada cinco anos.
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“A erupção está ocorrendo em uma pequena depressão ao norte de Litli Hrútur, de onde a fumaça está escapando na direção noroeste”, alertou o departamento.
Matthew Roberts, da divisão de serviço e pesquisa da IMO, a lava não configura um perigo iminente para os moradores. No entanto, alguns deles podem sentir coceira nos olhos, e problemas respiratórios podem ser causados ou agravados pela emissão de gases vulcânicos.
Imagens locais mostraram lava e fumaça saindo de uma fresta no solo ao lado da montanha Fagradalsfjall. A península é um ponto quente, sendo responsável pela profusão de lava do sistema vulcânico Fagradalsfjall, em 2021.
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Autoridades locais pediram para que a população não visite a área enquanto uma vistoria completa não for realizada. O local, que também entrou em erupção no ano passado, recebe milhares de turistas e islandeses anualmente. Apesar da fumaça a cerca de 30 quilômetros de distância, o portal do aeroporto internacional de Keflavik, na capital, informou que não foi afetado e segue com o fluxo normal.
A ilha nórdica percorre a cordilheira do meio do Atlântico, uma rachadura oceânica que divide as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte. Por consequência, o solo islandês é repleto de estruturas geológicas magmáticas. Em 2010, mais de 100 mil voos foram cancelados, com 10 milhões de turistas retidos no país, depois de uma grave erupção vulcão Eyjafjallajökull.
Ainda 1783 da fissura vulcânica Laki, no sul da ilha, provocou a maior catástrofe ambiental, devastadora e socioeconômica da Islândia. Com a morte de 50 a 80% do gado local, um quarto da população morreu pelo alastramento da fome no país.
Créditos: VEJA.