A pequena Sophia Alves Toledo, de apenas 3 anos, morta a facadas pelo próprio pai, gritou de dor e chegou a pedir socorro após sofrer os golpes, que atingiram os dois pulsos e um dos braços. De acordo com o delegado responsável pela apuração do caso, Adelson Candeo, um amigo do pai da criança ouviu os clamores da menina.
O caso aconteceu nesse domingo (9/7), em Rio Verde, no sudoeste goiano. Após cometer o crime, o homem tirou a própria vida. Segundo o investigador, o amigo do pai deve ser ouvido ainda hoje. Para ele, é preciso esclarecer a dinâmica e a motivação do crime, cuja suspeita inicial seria o término com a mãe da menina, há cerca de três meses.
Ao Metrópoles, o investigador contou que o pai, Cristiano Alves Silva, de 34 anos, teria enviado fotos dos cortes no pulso da criança para um amigo e o homem foi até o local para tentar socorrer a criança. No local, ele ouviu a menina pedindo socorro para que o pai parasse. “Ele faz os cortes nos pulsos da criança e envia para um amigo, junto com dois áudios e fala que a menina não vai voltar para a mãe”, disse o delegado.
“O amigo começa a tentar ligar, mas ele não atende, então ele vai ao local. Ao chegar na casa, ele já escuta a criança chorando e gritando desesperada pedindo ao pai que parasse porque estava doendo muito e ele tentou entrar. Mas o pai da criança trancou a porta e fechou a janela”, disse o delegado.
Cena do crime
De acordo com Candeo, o amigo chegou a derrubar a porta para salvar a vida da menina. “Quando ele entrou, viu muito sangue no local, a criança caída, já desacordada e o pai sentado na cama com uma faca na mão. Ele tirou a faca da mão do homem e começou a acionar o socorro. O pai da menina correu para a cozinha e pegou uma segunda faca, enquanto o amigo saiu da casa e conseguiu chamar a Polícia Militar, mas já era tarde. A criança morreu e o pai tirou a própria vida com cortes nos pulsos e no pescoço”, afirmou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, Cristiano não tinha antecedentes criminais.
Conforme a explicação do delegado, a mãe da criança também deve ser ouvida ainda nesta semana.
Metrópoles