Uma jovem de 18 anos morreu depois de complicações causadas pela extração do dente do siso, em Sorocaba (SP), no fim de abril. O caso de Isadora Albanese ganhou repercurssão na internet, depois que sua mãe, Grasiela, fez uma página no Instagram para falar sobre o tema. O caso não é o único: pelo menos outras duas pessoas morreram no estado de São Paulo por complicações do procedimento, em 2023.
O VivaBem Hoje entrevistou Sidney Rafael das Neves, cirurgião, especialista em traumatologia buco maxilofacial e membro do Crosp (Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo) sobre o tema. Para ele, é necessário esclarecer que, apesar de a cirurgia de extração do siso ser corriqueira, não é um procedimento simples, e complicações podem acontecer.
“Procedimentos cirúrgicos, sejam eles em ambiente hospitalar ou cirurgia ambulatorial, podem apresentar algum grau maior ou menor de risco e dificuldade técnica, o que pode tornar algo simples em difícil”, diz.
Para diminuir os riscos de acidentes, o dentista diz que é necessário fazer uma grande pesquisa do profissional e local onde a operação será realizada. “Eu falo para os pacientes que quanto mais tempo você perde no planejamento das consultas iniciais, mais tempo você vai ganhar no pós-operatório”, diz.
Segundo ele, é no pré-operatório que se descobre se o paciente é alérgico a determinado medicamento ou se ele já teve algum sangramento maior. “Isso tudo norteia o profissional, a fim de que nós tenhamos uma previsibilidade maior do que vai nos aguardar na cirurgia”, afirma.
Créditos: UOL.