A NASA divulgou uma nova imagem impressionante gerada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), que mostra um antigo acidente cósmico em detalhes.
A galáxia NGC 3256 pode parecer uma galáxia espiral normal para olhos destreinados, mas esse objeto cósmico ainda carrega cicatrizes de seu início tumultuado, informa o Business Insider.
“Esta galáxia distorcida é o destroço de uma colisão frontal entre duas galáxias espirais que provavelmente ocorreu há 500 milhões de anos”, relata um post na conta JWST Flickr da NASA.
Graças às suas poderosas câmeras infravermelhas, o JWST conseguiu detalhar o coração da galáxia, localizada a cerca de 120 milhões de anos-luz de distância.
Espera-se que as galáxias espirais se pareçam com espirais ordenadas. Mas NGC 3256 é caótica. Tem tentáculos saindo diretamente do centro da galáxia e nuvens muito brilhantes de poeira e estrelas brilhantes.
Isso porque o acidente fez com que duas nuvens de gás se fundissem violentamente uma na outra, produzindo as matérias-primas necessárias para criar estrelas. Isso levou a “uma enorme explosão de formação de estrelas”, disse a Agência Espacial Européia (ESA) em um comunicado sobre a imagem.
Como essas estrelas são relativamente novas, elas “irradiam enormemente em comprimentos de onda infravermelhos”, de acordo com a ESA. Estes são claramente visíveis na imagem JWST, brilhando em laranja e vermelho.
A imagem também mostra que, embora a maioria das estrelas existentes tenha sobrevivido ao acidente, algumas foram violentamente ejetadas da galáxia, de acordo com a NASA.
Esse movimento originou “características de maré” que são vistas no halo cinza escuro ao redor da poeira laranja brilhante.
Essa auréola deve ser mais ou menos uma esfera, mas na imagem acima ela se estende no canto superior esquerdo e no canto inferior direito. Este é o lugar onde as estrelas foram enviadas para longe de sua galáxia natal.
A aproximação até NGC 3256 pode ser vista no vídeo abaixo, mostrando o telescópio gradualmente ampliando a galáxia.
Os cientistas observarão essas imagens para entender o que acontece quando duas galáxias colidem. Isso poderia ajudar a resolver o mistério de como os buracos negros supermassivos podem crescer até bilhões de vezes o tamanho do sol.
Créditos: Época/Negócios/Tecnologia.