Em recuperação judicial, a Americanas fechou 38 lojas entre janeiro e maio deste ano, segundo informações que constam do relatório de atividades mensais da companhia divulgado pelos administradores judiciais nesta segunda-feira (3).
Ao todo, nos últimos 12 meses, a varejista encerrou a atividade de 48 lojas. Entre junho e dezembro do ano passado, foram fechadas apenas quatro unidades. Até maio, a empresa ainda tinha 1.842 lojas em funcionamento.
O número de clientes ativos recuou 9,9% em maio de 2023, na comparação com dezembro de 2022. Em 12 meses, até maio, a queda foi de 12,1%. Entre junho e dezembro de 2022, quando a crise ainda não havia começado, a empresa registrou redução de 2,4% no número.
A Americanas também encerrou o mês de maio com caixa disponível final de R$ 1,178 bilhão. O montante é 38% menor que o saldo inicial registrado em junho de 2022.
Segundo o documento, a dívida da empresa em maio era de R$ 20,599 bilhões (1,068 bilhão de dólares, na moeda americana). Os dados não incluem o endividamento bancário associado ao risco sacado.
O prazo médio dos produtos em estoque foi de 115 dias em maio de 2023, o que representa uma redução de 26,7% em relação ao indicador calculado em janeiro de 2023, tendo um impacto positivo no ciclo de caixa.
O total investido pelo Grupo Americanas em maio de 2023 foi de R$ 4,777 milhões, valor 95% menor que a média de investimentos realizados entre junho e dezembro de 2022, de R$ 143,427 milhões. Em maio, o canal digital não recebeu investimentos.
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A Americanas abalou o mercado nos últimos dias após anunciar na quarta-feira (11) que encontrou inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões ligadas à conta de fornecedores e que o presidente-executivo, Sérgio Rial, decidiu deixar a companhia, apenas dez dias depois de ter assumido o cargo.
R7