O contrato ainda não foi assinado, mas Fernando Diniz será o técnico da seleção brasileira até a saída do italiano Carlo Ancelotti do Real Madrid, da Espanha. Mas ele não deixará o Fluminense e vai conciliar os dois trabalhos.
O ge apurou que o clube internamente não vê problema nessa conciliação, que chegou a ser sugerida pelo próprio Paulo Angioni, diretor executivo de futebol do Fluminense, em entrevista ao quadro “Abre Aspas” no dia 26 de maio:
– Acho que pode se adequar. Se ele é o melhor, como nós achamos que é o melhor, vamos escolher o melhor e vamos nos adequar a ele. Essas coisas todas para mim são muito simples. Você busca o melhor, ele é o melhor. Vamos ao melhor e vamos nos adequar ele. Isso é muito simples de enxergar – declarou, na ocasião.
Era um desejo do técnico comandar a seleção brasileira, e para não abandonar o trabalho no clube (onde inclusive vem indicando muitos dos reforços contratados), a conciliação foi vista como a melhor forma. Diniz continuará treinando o Fluminense normalmente, mas irá se apresentar à CBF nas Datas-Fifa. As próximas em 2023 serão: 4 a 12 de setembro; 9 a 17 de outubro e 13 a 21 de novembro.
Exemplo de Luxemburgo em 1998
O clube tem Vanderlei Luxemburgo como um exemplo de sucesso desse tipo de conciliação. Em 1998, o técnico do Corinthians foi convidado pela CBF após a Copa do Mundo e aceitou o desafio sem sair do clube. Mesmo se dividindo entre os dois, ele fez a melhor campanha na primeira fase do Campeonato Brasileiro e foi campeão na final contra o Cruzeiro.
Porém, nesse período Luxemburgo se desentendeu com Marcelinho Carioca, que chegou a ficar afastado do time, e acabou deixando o Corinthians no ano seguinte devido a desentendimentos com a diretoria alvinegra pelo trabalho dividido com a Seleção. Com isso, passou a comandar integralmente o time canarinho a partir de 1999.