Enquanto a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estiver acontecendo, nesta sexta-feira (30/6), a partir das 12h, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estará cumprindo agenda em Belo Horizonte.
Pela manhã, ele deve participar do enterro do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli. Depois, o ex-presidente segue para um almoço com aliados em uma churrascaria na região Centro-Sul.
Para às 14h, está marcada uma coletiva de imprensa do Bolsonaro. Nesse horário, pelo menos a ministra Carmen Lúcia deverá ter proferido seu voto – caso ela decida pela condenação de Bolsonaro, estará formada maioria a favor de sua inelegibilidade. Além da ministra, faltam os votos de Kassio Nunes Marques e de Alexandre de Moraes, presidente da Corte Eleitoral.
A sessão desta quinta-feira (29/6) foi encerrada com três votos pela condenação e um pela absolvição.
A ação do TSE analisa se o ex-presidente cometeu os crimes de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação públicos ao reunir embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, e discursar questionando o sistema eleitoral e a segurança das urnas. O evento foi transmitido ao vivo pela TV Brasil, canal do governo federal.
“É uma injustiça comigo, meu Deus do céu”, afirma Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou como uma “injustiça” a possibilidade de ficar inelegível por oito anos e disse não se arrepender do encontro com embaixadores que motivou a ação do PDT em análise pela Corte eleitoral. Bolsonaro negou também ter se encontrado com o ministro do TSE Nunes Marques, indicado por ele ao STF, e voltou a repetir críticas feitas por políticos de esquerda às urnas eletrônicas.
“É um absurdo o que estão fazendo. Estão procurando pelo em ovo”, disse. “É uma injustiça comigo, meu Deus do céu”, reiterou o ex-presidente ao desembarcar no Rio de Janeiro nesta quinta-feira.
“É um julgamento político. Qual a materialidade da peça do Carlos Lupi, que falou em fraude sem voto impresso, contra a minha pessoa? O Lupi agora é ministro da Previdência de Lula. O que parece que a esquerda quer? Ter uma eleição em 2026 sem concorrer. W.O. basicamente. Poderia até se pensar, pensando pela esquerda, se é que eles pensam, que está dispensada a eleição de 2026, sem um concorrente à altura. Seria eleger o Lula por aclamação”, disse Bolsonaro.
“Não tem nada demais na reunião com embaixadores, é uma política privativa minha conversar com embaixadores. E repito, só fiz a reunião porque dois meses antes, sem legitimidade, o ministro do TSE fez uma reunião com embaixadores também. Não tem problema, é informação. Vivemos ou não em uma democracia?”, questionou o ex-presidente.
(Com agências)