A briga entre PT e PDT (leia-se Ciro x Lula) no Ceará abriu espaço para o Capitão Wagner, um deputado federal bolsonarista, que cresceu nas pesquisas.
Ele é candidato pelo União Brasil e tem o apoio do PL partido do presidente Bolsonaro.
Capitão Wagner é líder isolado nas pesquisas com mais de 40% das intenções de voto em qualquer cenário, segundo o Instituto Paraná, em julho.
Wagner foi alçado ao centro da política cearense ao protagonizar uma greve da polícia militar em 2012. Ele vê no racha entre o partido de Ciro Gomes (PDT) e o de Lula (PT) sua melhor chance para vencer a eleição majoritária. Em 2020, ele chegou ao segundo turno das eleições municipais de Fortaleza, mas acabou sendo derrotado para José Sarto.
“A população vai ver com maus olhos um grupo político que se digladia”, diz o sargento Reginaldo, vereador na capital cearense e candidato a deputado estadual na chapa do Capitão Wagner
O desempenho de Capitão Wagner do Ceará e de ACM Neto na Bahia ambos candidatos da direita, levanta novamente a questão da credibilidade das pesquisas, pois historicamente o pilar do PT era a hegemonia que ele tinha no nordeste. Se os candidatos apoiados por Lula estão atrás em dois, dos três maiores colégios eleitorais da região, qual é a explicação?
Se esse fenômeno se repete em toda região sul, no Rio, em Minas e em São Paulo – como poderia o candidato do PT liderar as pesquisas nacionalmente?