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O governo da Rússia declarou que as acusações legais contra o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, serão removidas depois que o líder mercenário aceitou uma trégua mediada pelo presidente belarusso, Alexander Lukashenko, para suspender a rebelião neste sábado, 24.
Outro termo da negociação prevê uma espécie de refúgio a Prigozhin, que deve se mudar para Belarus após ter recuado da investida sobre Moscou. De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, Lukashenko encabeçou as negociações com Prigozhin porque eles se conhecem há mais de 20 anos.
Peskov anunciou ainda que a invasão da Ucrânia, classificada pelo governo russo como “operação militar especial”, não será alterada em razão do motim iniciado na última sexta-feira, 23, que resultou na ocupação de ao menos duas cidades no Sul da Rússia – Rostov e Voronezh, já liberadas – pelos paramilitares do Grupo Wagner.
O porta-voz também afastou boatos de que o presidente Vladimir Putin teria fugido da capital Moscou e que o acordo de suspensão das hostilidades fechado com Prigozhin teria como condição as renúncias de Sergei Shoigu e Valeri Gerassimov – respectivamente, ministro da Defesa e comandante das Forças Armadas da Rússia.
De acordo com o Kremlin, os soldados do Grupo Wagner que participaram do motim não sofrerão perseguições ao retomar suas posições na guerra, e que aqueles que não se rebelaram vão receber a oferta de contratação pelo governo russo através do Ministério da Defesa.
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