Foto: Reprodução/Metrópoles.
Carro oficial de senador Irajá (PSD) é visto em “festa do barulho” pic.twitter.com/0bknO9W8Fn
— Junior Melo TERRA🇧🇷🇮🇱 (@juniormelorn_) June 24, 2023
Na madrugada de quinta-feira (22/6), uma festa na QI 15 do Lago Sul chamou a atenção e incomodou vizinhos. Entre queixas de som alto — que podia ser ouvido em outras quadras —, havia carros de luxo e um veículo oficial do Senado Federal.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi ao local duas vezes para tentar solucionar o problema do som alto. Porém, segundo um vizinho, quando a viatura saía da quadra, o volume voltava a aumentar.
“Nos casos de perturbação do sossego, a apresentação de uma queixa por parte do solicitante é uma condição necessária para dar continuidade ao procedimento legal. Infelizmente, o solicitante se recusou a apresentar a queixa, o que prejudicou a ação policial e impossibilitou a condução dos infratores à delegacia de polícia”, informou a PM.
O vizinho em questão afirmou que teve a rotina prejudicada pela festa. “Meus filhos não conseguiram dormir. Às 3h30, estávamos todos acordados por causa do som alto. Fiquei consternado com a situação”, relata.
Um carro com placa 041 chamou a atenção. O Senado Federal confirmou ao Metrópoles que o veículo oficial pertence ao senador Irajá (PSD-TO).
Em 2019, o mesmo carro foi flagrado, pelo menos três vezes, em uma academia de luxo do Lago Sul. Nas ocasiões, o veículo esperava o senador ou a namorada dele.
De acordo com a Lei Federal nº 1.081/1950, os automóveis oficiais destinam-se, exclusivamente, ao serviço público.
“É rigorosamente proibido o uso de automóveis oficiais: a chefe de serviço, ou servidor, cujas funções sejam meramente burocráticas e que não exijam transporte rápido; no transporte de família do servidor do Estado, ou pessoa estranha ao serviço público; em passeio, excursão ou trabalho estranho ao serviço público”, diz a legislação.
A reportagem procurou a equipe do parlamentar, porém, até o momento, não obteve um posicionamento sobre o ocorrido. O espaço segue aberto.
Créditos: Metrópoles.