Foto: Reprodução/Divulgação – OceanGate.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou, nesta quinta-feira (22), a morte dos cinco tripulantes que ocupavam o submersível Titan. A embarcação desapareceu no último domingo (18) enquanto fazia uma expedição para observar os destroços do Titanic. Segundo as autoridades, os ocupantes não teriam sobrevivido a uma implosão do submersível. Mas, o que pode ter ocorrido com as vítimas durante o acidente?
Em entrevista ao jornal britânico DailyMail, o ex-diretor de medicina submarina e saúde de radiação da Marinha dos Estados Unidos, Dale Molé, afirmou que as mortes provavelmente foram instantâneas e indolores.
A implosão foi causada após a estrutura da embarcação não ter conseguido suportar a pressão externa — extremamente alta — na profundidade de cerca de 3.500 metros. O impacto, neste caso, seria igual a 345 vezes maior à que sentimos fora do mar.
“Teria sido tão de repente, que eles nem saberiam que havia um problema ou o que aconteceu com eles. É como estar aqui um minuto, e então o interruptor é desligado. Você está vivo em um milissegundo e no próximo milissegundo você está morto”, afirmou Dale Molé ao Daily Mail.
Ao contrário de uma explosão, na implosão a pressão se move de fora para dentro. Logo, é improvável que se mantenha preservada a estrutura da embarcação ou o que estava dentro. Com isso, especialistas afirmam que os corpos foram destruídos pela alta pressão.
Um dos cenários já esperados sobre o caso é uma ruptura no casco externo do submersível, o que teria causado a implosão e matado rapidamente a tripulação.
O que aconteceu com as vítimas?
Apesar de detalhes sobre o acidente ainda não terem sido esclarecidos, autoridades afirmam que é impossível que algum ocupante tenha sobrevivido.
“Eles teriam sido feitos em pedaços”, disse o especialista ao DailyMail.
Agora, as autoridades buscam fazer uma linha do tempo para esclarecer em que momento ocorreu a implosão, a partir do momento que o submersível perdeu o contato.
“O casco de pressão é a câmara onde residem os ocupantes. Parece que eles chegaram ao fundo quando o vaso de pressão implodiu e, geralmente, quando cede, cede de uma só vez. Parece que foi o cilindro de fibra de carbono que cedeu e resultou na implosão”, explicou Dale Molé.
Falta de oxigenação
O membro da Marinha dos EUA explicou em um artigo sobre os efeitos extremos para a saúde de ficar preso em um veículo aquático.
No documento, Dale Molé detalhou o ambiente “hostil” a bordo de submersíveis comerciais. Passageiros nessas situações enfrentam suprimentos de oxigênio esgotados, níveis tóxicos de dióxido de carbono e temperaturas em queda livre.
Créditos: UOL.