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Segundo a reportagem do “Financial Times”, o governo norte-americano fez campanha interna para assegurar o processo eleitoral
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a suposta interferência dos EUA nas eleições brasileiras de 2022, revelada pela reportagem do Financial Times, tem “fundamento”. O ex-chefe do Executivo afirmou que pediu para um “colega”-sem citar nome- apurar as informações do jornal britânico.
A reportagem mostrou que o governo de Joe Biden teria promovido uma campanha interna nos órgãos de Washington para assegurar a fluidez do então processo eleitoral de 2022 no Brasil. No entanto, o texto diz que não havia interesse do país norte-americano favorecer outro candidato.
“Matéria [do Financial Times] bastante consistente, acredito que tenha fundamento. [A reportagem cita] inclusive alguns militares e alguns civis, autoridades obviamente, que contribuíram —a palavra mais certa seria interferiram— com ações por ocasião das eleições não favoráveis a mim”, disse Bolsonaro em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada na 5ª feira (22.jun.2023).
Segundo o jornal Financial Times, autoridades norte-americanas temiam ações no Brasil como a do Capitólio, que ocorreu depois da derrota do ex-presidente Donald Trump em 2021.
Tom Shannon, ex-funcionário do departamento de Estado, disse ao Financial Times que a estratégia iniciou depois da visitar de Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA.
Shannon relembrou uma visita ao então vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) em Nova York, em julho de 2022. Na ocasião, o ex-funcionário do governo dos EUA disse que o senador relatou estar preocupado com a situação do Brasil.
Em seu perfil no Twitter, Mourão negou o encontro com Shannon. Leia a publicação: