Foto: Reuters.
A Marinha dos EUA detectou sons “consistentes com uma implosão” logo após o submersível Titan, da empresa OceanGate, perder contato com a base, informou um oficial da Marinha.
Cinco pessoas estavam a bordo do submersível quando o mesmo desapareceu no último domingo (18/06) durante uma expedição para visitar o naufrágio do Titanic.
A perda do submarino foi confirmada após uma grande operação de busca.
O oficial disse à rede americana CBS News que as informações sobre a “anomalia acústica” foram usadas pela Guarda Costeira dos EUA para restringir a área de busca.
De acordo com a CNN, o som foi considerado “não definitivo” e, por isso, a operação de busca e salvamento continuou.
Na quinta-feira, o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira americana, confirmou que todas as cinco pessoas a bordo do Titan haviam morrido após o que provavelmente foi uma “implosão catastrófica”, com base nos padrões dos destroços encontrados.
Ele disse, no entanto, que não foi detectado nenhum som durante a missão de busca que fosse consistente com isso.
“Havia boias equipadas com sonares na água quase de forma contínua e não detectamos nenhum evento catastrófico quando essas boias com sonares estavam na água.”
Na quarta-feira, a Guarda Costeira dos EUA confirmou que uma aeronave canadense P-3 detectou “ruídos subaquáticos” em uma área de busca pelo submersível desaparecido.
Isso renovou a esperança de que os ocupantes do Titan pudessem ser encontrados com vida e fez com que a Guarda Costeira reposicionasse as operações.
De acordo com a rede CBS, acredita-se que esses ruídos fossem provenientes de outros navios na área.
Paul Hankin, especialista em fundo do mar, disse que a primeira indicação de que o submarino poderia ter implodido surgiu depois que um grande campo de destroços foi encontrado na quinta-feira (22/06).
“Essencialmente, encontramos cinco diferentes pedaços importantes de destroços que nos indicaram que eram o que sobrou do Titan”, afirmou.
Os esforços para mapear o campo de destroços e para vasculhar o fundo do mar ao redor do Titanic continuam.
O contato com o submersível foi perdido cerca de uma hora e 45 minutos após o mergulho, há quase uma semana.
O naufrágio do Titanic está localizado a cerca de 700 km ao sul de St John’s, em Newfoundland, no Canadá.
O empresário bilionário britânico Hamish Harding, de 58 anos, era um dos ocupantes do submersível — antes do mergulho, ele escreveu nas redes sociais que o mesmo ia acontecer porque uma “janela meteorológica” havia se aberto.
Ele disse ainda que por causa do “pior inverno em Newfoundland em 40 anos”, a expedição “provavelmente será a primeira e única missão tripulada ao Titanic em 2023”.
O magnata britânico de origem paquistanesa Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho, Suleman Dawood, também estavam a bordo do submersível, assim como o CEO da OceanGate, Stockton Rush, e o ex-mergulhador da Marinha francesa Paul-Henry Nargeolet.
Créditos: BBC.