Foto: Breno Esaki/Metrópoles.
O general Marco Edson Gonçalves Dias afirmou que não serviu água para vândalos que tentavam um golpe de Estado em 8 de janeiro, nem foi conivente com a invasão aos prédios públicos. Durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta quinta-feira (22/6), o militar atribuiu a ação ao major José Eduardo Natale, que é investigado.
“Existe uma narrativa de que facilitei ou deixei por facilitar, mas não servi água para ninguém. Aquela imagem do major servindo água foi gravada às 15h59. A minha, às 16h30. A defasagem dele dando água com a minha é de 30 minutos. Eu não estava junto dele. Não servi água, não fui conivente com o que estava acontecendo. […] Não mandei distribuir água. Esse procedimento do major José Eduardo Natale está sendo ouvido em um processo de sindicância que mandei instaurar. Isso vai ser apurado, e ele vai ser punido se tiver errado”, acrescentou Gonçalves Dias.
⏯️ Ex-ministro G. Dias nega ter servido água a golpistas: “Não fui conivente”.
— Metrópoles (@Metropoles) June 22, 2023
General Gonçalves Dias atribuiu a ação de entregar água ao major José Eduardo Natale, que está sob investigação, segundo o depoente à CPI.
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A divulgação das imagens do ex-ministro no Palácio do Planalto no dia das invasões levou o general a pedir demissão, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio da saída do militar saiu em 19 de abril de 2023.
Nas gravações, era possível ver, além de Gonçalves Dias, militares do GSI — responsáveis pela segurança de autoridades e do Planalto — guiarem os invasores para as portas de saída, em clima ameno.
Créditos: Metrópoles.