Imagem: Reprodução/TV Globo.
O Ministério Público e o juiz Rafael Rezende decidiram manter a prisão de Bruno Rodrigues, suspeito de matar o ator Jeff Machado em janeiro deste ano.
Bruno Rodrigues permanece no presídio José Frederico Marques, na zona norte do Rio, por pelo menos 30 dias, até que ocorra uma decisão da Justiça pela prorrogação ou conversão em preventiva. As informações foram confirmadas por João Maia, advogado do produtor de TV, em contato com Splash.
A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada hoje. “Não houve qualquer análise sobre a participação do Bruno no homicídio de Jefferson”, detalhou João Maia.
“O juiz analisou somente se houve violação no cumprimento do mandado quanto a integridade física do Bruno e decidiu que não podia rever os motivos da prisão temporária”, completou o advogado de Bruno.
Jairo Magalhães, advogado da família de Jeff Machado, comentou a decisão em contato com Splash. “É importante esclarecer que a prisão temporária do Bruno foi decretada anteriormente. Existia uma ordem judicial e uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio informando a necessidade da prisão. Hoje, só foi verificada a legalidade. A prisão preventiva foi considerada legal”.
Splash também entrou em contato com o Ministério Público. A reportagem será atualizada caso a instituição se posicione oficialmente sobre a decisão.
Além de Bruno, Jeander Vinícius da Silva Braga também é suspeito de participar do crime. Ele foi detido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro no dia 6 de junho.
A prisão de Bruno Rodrigues
Bruno de Souza Rodrigues foi preso no Morro do Vidigal, Zona Sul do Rio, durante a última quinta-feira (15) após ficar foragido por duas semanas.
A Polícia Civil contou com apoio de dois blindados, um helicóptero e policiais militares da UPP do Vidigal para prender Bruno. Ele foi levado para a 14ª DP (Leblon) e, em seguida, encaminhado para a DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros), onde corre a investigação policial.
Setor de inteligência monitorava Bruno há dias, desde que ele se mudou para o alto do Vidigal. A polícia encontrou o suspeito há cinco dias graças a um sinal de wi-fi da comunidade. Nesse período, ele ficou hospedado em um hostel e teve livre acesso a outras partes do morro e bairros, como Leblon e Ipanema, áreas nobres do Rio.
Splash apurou que Bruno se manteve calado durante depoimento na DDPA e frustrou a expectativa dos investigadores. Defesa disse que ele não teria mais o que acrescentar após prestar informações em depoimento por escrito e entregar celulares.
Relembre o caso de Jeff:
Jeff estava desaparecido há quatro meses. A família começou a suspeitar do sumiço no dia 27 de janeiro, e no dia 9 de fevereiro ele foi declarado desaparecido pela polícia.
Os restos mortais estavam em um baú que pertencia ao ator. O corpo foi encontrado em 22 de maio, enterrado e concretado no chão de um imóvel em Campo Grande (RJ), região em que Jeff morava.
Os suspeitos são Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga. Bruno era amigo de Jeff, prometeu um papel na novela ao ator e chegou a visitar a casa da vítima após a morte. Segundo a polícia, Bruno e Jeander se conheciam há longa data.
Assassinato teria sito premeditado: Em depoimento, Jeander disse que Bruno dopou Jefferson com uma substância em um suco. Os três se dirigiram ao quarto da vítima, que achava que participaria de um ato sexual para uma plataforma de conteúdo adulto. Segundo o suspeito, no entanto, o ato não chegou a ser gravado. Ao entrar no quarto, Jefferson, dopado, foi estrangulado com um fio de telefone pelo Bruno.
Jeff acreditava que começaria a atuar em uma novela após pagar R$ 20 mil a Bruno por papel em produção: O crime aconteceu três dias antes da data em que a vítima acreditava que começaria a atuar em uma novela da Globo.
A motivação do crime teria sido financeira: Jefferson iria cobrar o valor de R$ 20 mil que pagou para ter um papel em uma novela. Além disso, Bruno temia ser desqualificado como pessoa influente no meio artístico se Jeff expusesse a farsa do suspeito.
O corpo de Jeff foi encontrado por policiais em um baú enterrado a 2 metros de profundidade e coberto de concreto em uma casa alugada em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 24 de maio.
No dia 1 de junho, o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão temporária de Jeander Vinícius da Silva e Bruno de Souza Rodrigues como responsáveis pela morte do ator.
A Justiça do Rio de Janeiro negou na semana passada o habeas corpus que solicitava que Bruno de Souza Rodrigues aguardasse a conclusão do inquérito policial da morte do ator Jeff Machado em liberdade.
Créditos: UOL/SPLASH.