Foto: Alan Santos/PR.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que busca alternativas para caso fique inelegível. Sem citar diretamente o processo, Bolsonaro comentou o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcado para o dia 22 de junho, que pode torná-lo inelegível.
“A gente sabe como é a política brasileira, e já sabemos também como é a Justiça aqui no Brasil. Então a gente se prepara para que aconteça o que acontecer, a gente se prepara com muita altiveza aí, buscar alternativas. Acredito em deus, acredito neste país”, disse o ex-presidente, nessa quarta-feira (14/6), no evento de filiação do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga ao PL, sigla pelo qual deve disputar a Prefeitura de João Pessoa nas eleições do ano que vem.
O ex-presidente também disse que acredita que ainda tem muito a contribuir. “A vida de candidato de qualquer candidato, qualquer cargo de Executivo não é fácil. Eu tenho mais de 500 processos, mas como eu já to bem mais para lá do que para cá, eu acho que contribui bastante pro futuro do meu país, e posso contribuir ainda”, disse.
“Aconteça o que acontecer, ninguém vai mudar a nossa maneira de agir porque possivelmente alguns poucos queiram na marra manter ou trabalhar por um regime que não deu certo em lugar nenhum no mundo”, completou.
Julgamento do TSE
A ação do TSE que será julgado no dia 22 de junho vai avaliar a reunião feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, no dia 18 de julho do ano passado, com embaixadores estrangeiros para atacar o processo eleitoral brasileiro e o uso de empresa estatal para ato de campanha.
No encontro, Bolsonaro afirmou, entre outras coisas, que as urnas eram inauditáveis, que elas trocaram o dígito 7 pelo 3 no pleito de 2018 e que o TSE teria assumido que hackers podem interferir no resultado. Nenhuma das afirmações foi seguida de provas que embasassem.
O discurso foi transmitido pela TV Brasil, ligada à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o que é proibido pela legislação. O que pode caracterizar uso de materiais ou imóveis pertencentes à União durante a campanha.
Créditos: Estado de Minas.