A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu neste domingo (31) que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), coloque em prisão domiciliar Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, que fez ameaças a ministros da Corte e a políticos de esquerda, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Rejane está preso desde 22 de julho. A ordem partiu de Moraes depois de o homem fazer ameaças a integrantes do STF em seus perfis nas redes sociais. Na terça-feira (26), o ministro prorrogou a prisão temporária por 5 dias.
A solicitação da vice-PGR foi feita pouco depois de a PF (Polícia Federal) pedir para a prisão temporária de Rejane ser convertida em preventiva, em que não há prazo para a soltura. Solicitações desse tipo são feitas quando há risco à ordem pública.
Segundo Lindôra, proibir que o homem use as redes sociais, dê entrevistas e dissemine discurso de ódio é o suficiente para “garantir a ordem pública”.
Ela pediu que a prisão domiciliar seja acompanhada de monitoramento eletrônico, com uso de tornozeleira. Disse que Rejane agiu com “a finalidade de angariar alta visibilidade com seus vídeos” e para “obter renda”.
“Ivan Rejane aparentemente age com a finalidade de angariar alta visibilidade com os seus vídeos, o que, atualmente no mundo digital, implica também uma forma de obter renda e de promoção pessoal, com eventual propósito de eventuais candidaturas a cargos públicos”, disse Lindôra.
“Os elementos de informação até então coletados não indicam nenhuma conduta concreta do investigado de efetivamente arregimentar pessoas e organizar algum evento criminoso, com data certa e local determinado, que coloque em risco a integridade das pessoas ameaçadas”, prosseguiu.
Créditos: Poder 360.