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Orlando Silva (PCdoB-SP) falou da necessidade de se ter autorização judicial
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) acabou como alvo de chacota nas redes sociais. Isso porque na terça-feira 13, ele reclamou publicamente de terem “invadido” (nas palavras dele) propriedades que já haviam sido invadidas por grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Frente Nacional de Luta (FNL).
Pelo Twitter, o parlamentar comunista acusou colegas de Câmara dos Deputados que estão à frente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dedicada a investigar os reais interesses e os financiadores por trás do MST. Segundo Silva, os congressistas “invadiram ilegalmente assentamentos”. Para o integrante do PCdoB, seria necessário ter autorização judicial — coisa que o MST e FNL não fazem.
“Absurdo”, esbravejou Silva. “Os deputados Salles e Zucco, membros do circo de horrores da CPI do MST, invadiram ilegalmente assentamentos”, prosseguiu o congressista comunista, ao se referir nominalmente ao relator e ao presidente da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP) e Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), respectivamente.
“Cadê a autorização judicial para entrar na casa de alguém?”, perguntou Silva. “Quem acham que são? Já está em tempo de parar de lacração e respeitar a Constituição! Toda solidariedade ao MST”, complementou o deputado federal pelo PCdoB de São Paulo.
Orlando Silva defende o MST e acaba alvo de críticas
Ao sair publicamente em defesa do MST, Orlando Silva acabou como alvo de críticas. Um dos citados por ele, Salles ironizou. “Orlando, dá uma maneirada aí na pantera, está saindo do controle”, comentou o deputado federal pelo PL paulista.
“Uma pergunta: o MST usa autorização judicial para entrar na casa de alguém?”, publicou o internauta identificado como Lisboa. “Mas invadir não era bacana? O que aconteceu?”, entrou na discussão o deputado estadual Felipe Camozzato, do Partido Novo do Rio Grande do Sul. Ambos ficaram — ao menos até agora — sem respostas por parte do deputado comunista.
“Deixa eu entender um negócio: entrar em prioridade alheia sem autorização fere a Constituição Federal?”, perguntou o empresário Marcos Pordeus de Paula. Ele foi outro a ficar sem retorno de Orlando Silva.
Apesar da versão do deputado comunista em defesa do MST, um vídeo divulgado na internet mostra Salles, Zucco e outros integrantes da CPI conversando com membros de um assentamento localizado no interior paulista.