Foto: Ricardo Stuckert/PR
Colheita deve ser a menor em 25 anos, estima a Conab
As projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram a primeira safra de arroz colhida no governo Lulacomo a menor dos últimos 25 anos. O órgão atualizou os dados na terça-feira, 13.
A safra de arroz colhida em 2023 deve bater 10 milhões de toneladas ― o ano marca o início do governo Lula 3. A produção mais baixa colhida anteriormente ocorreu em 1998.PUBLICIDADE
Embora em queda, a produção local mantém no nível do consumo interno. Ainda assim, o Brasil importa esse alimento. E com a redução da safra, vão aumentar as compras no mercado externo.
Em 2022, o Brasil comprou quase 900 mil toneladas deste cereal no mercado externo. Em 2023, esse número deve subir para 1,3 milhão de toneladas, segundo a Conab. Ou seja: 400 mil toneladas a mais. A quantidade extra equivale a 80 milhões de pacotes de cinco quilos de arroz, como aqueles vendidos nos supermercados.
A importação entre janeiro e maio de 2023 fechou em 450 mil toneladas, com o custo de US$ 200 milhões. Para o mesmo período do ano anterior, esses valores ficaram em 360 mil toneladas e US$ 135 milhões dólares, respectivamente.
Nos primeiros cinco meses de 2023, cada tonelada entrou no Brasil ao custo próximo de US$ 450 (R$ 2,1 mil). A cifra corresponde a pouco mais de R$ 10 por embalagem de cinco quilos.
Consumo de arroz no 1º ano do governo Lula
Esse cereal está na base da dieta dos brasileiros. Tradicionalmente misturado com o feijão, é o alimento mais comum nas mesas das famílias. O consumo interno desse cereal em 2023 deve bater 10,2 milhões de toneladas. A população é de 214 milhões de habitantes. Assim, a quantidade arrozdisponível no primeiro ano do governo Lula deve fechar em cerca de 50 quilos por pessoa ― por volta de dez pacotes de cinco quilos.