Foto: Ricardo Stuckert
Na semana passada, o advogado Cristiano Zanin — indicado pelo presidente Lula para ser ministro no Supremo Tribunal Federal –, se encontrou com parlamentares evangélicos para dizer que é um católico “praticante”. O almoço aconteceu na casa de dois advogados ligados ao Podemos, em Brasília.
Na ocasião, estavam presentes a presidente do partido, deputada federal Renata Abreu (SP), o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da bancada evangélica no Senado, e o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Sóstenes foi presidente da bancada evangélica no Congresso em 2022.
Conforme apurou Oeste, Cristiano Zanin disse aos parlamentares que o encontrou foi uma sugestão do ministro André Mendonça, do STF. Em 2021, Mendonça foi aprovado como ministro do Supremo com a ajuda da bancada evangélica — ele é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Zanin explicou ainda que deseja mostrar quem “realmente é” por trás da persona criada sobre o advogado de Lula. Então, se apresentou como um homem de família tradicional paulistana católica, casado com uma só esposa e pai de três filhos.
Zanin reconheceu que existe um distanciamento entre o PT e os evangélicos. Mas advogado frisou que, caso seja aprovado na sabatina do Senado, teria respeito pelo segmento evangélico e pelas pautas de costumes, como aborto, drogas etc.
Por fim, advogado disse ainda entender que os temas de costumes não devem ser judicializados, pois prejudicam o debate político e que o Parlamento é o lugar correto para esses debates.
A sabatina de Cristiano Zanin deve acontecer na quarta-feira 21. Enquanto isso, o advogado segue com a agenda cheia com os senadores. Na terça-feira 13, por exemplo, ele tem um encontro com o PSD, maior bancada do Senado.
Revista Oeste