Foto: Isac Nobrega
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga no próximo dia 22 uma ação que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. Caso ele não esteja apto para voltar a concorrer ao Palácio do Planaltoem 2026, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seria a alternativa mais óbvia para dar continuidade ao bolsonarismo na avaliação dos eleitores de Bolsonaro, indica a pesquisa Para onde vai a direita. Mas, quando se fala em disputar a presidência da República, outro nome se destaca.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é menos conhecido que Michelle, mas desponta como o mais indicado para assumir o Palácio do Planalto entre esses eleitores. A pesquisa endossa outro levantamento, do Instituto Paraná, que também apontou Tarcísio e Michelle como os dois favoritos para suceder Bolsonaro.
O estudo promovido pelo Instituto Locomotiva e da Ideia Instituto de Pesquisa, e publicado pelo jornal Valor, considerou o universo dos 58 milhões de eleitores de Bolsonaro em 2022. Realizada pelo Zeitgeist Public Affairs, a pesquisa ouviu 1.531 eleitores em todo o país, por telefone, entre os dias 30 e 31 de maio. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.
NÚMEROS
Tarcísio emerge com maior percepção de capacidade para ser presidente e como herdeiro do bolsonarismo, mas ficou atrás de Michelle em grau de conhecimento. Um fator que, na avaliação dos pesquisadores, pode ser revertido com maior exposição pública.
Outras lideranças de direita ou centro-direita com elevado grau de conhecimento junto à população, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) – ambos ex-presidenciáveis – e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), têm os nomes citados no estudo, mas não são apontados como lideranças da direita no futuro.
Com menor grau de conhecimento popular, também foram lembrados como lideranças de direita quatro governadores: Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul. Mas nenhum desponta como potencial sucessor de Bolsonaro.
O Antagonisra