Foto: Reprodução/Redes Sociais.
O comerciante Genilson Oliveira (foto em destaque), 49 anos, passou mal e morreu na madrugada da última terça-feira (6/6) após sua família ser vítima do golpe do falso sequestro em Samambaia Norte, no Distrito Federal. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso.
A ligação foi feita por volta de 1h para o telefone fixo da casa. O pai de Genilson, o também comerciante Geraldo Oliveira, 72, foi quem atendeu. Ele contou que ouviu a voz de uma mulher do outro lado da linha pedindo ajuda. “Pai, estou passando mal porque tem uns bandidos que entraram dentro de casa”, disse o golpista.
“Só quem tem esse número [do telefone fixo] é minha filha, que mora perto. A gente perde o rumo de casa, não assimila mais a voz”, explicou Geraldo.
Depois de ouvir o pedido de socorro, Geraldo disse que um homem assumiu a ligação e começou a fazer ameaças de morte à suposta filha. “Uma tortura psicológica que não tinha tamanho”, disse o pai.
Genilson e o filho dele acordaram com o barulho da confusão e foram a pé até a casa da suposta sequestrada, enquanto Geraldo continuava na linha com o bandido. “Encontraram ela lá, sem problema algum, e a trouxeram”, contou o idoso.
Após o trote, Genilson disse que a ligação “era conversa de quem não tinha o que fazer” e saiu para pegar um copo d’água. Neste momento, sofreu um mal súbito e caiu na cozinha.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado e tentou reanimar a vítima, sem sucesso.
“Foi difícil. Peço a Deus que ninguém receba um telefonema desses. A gente não sabia da proporção que isso ia tomar. Ele era um bom pai, um bom filho, um bom amigo. A gente ainda continua recebendo visitas aqui em casa. Foi uma perda irreparável”, lamentou o pai do comerciante.
Geraldo acrescentou que o filho era hipertenso e havia sido diagnosticado com início de diabetes, mas que desconhecia qualquer problema cardíaco. “Fez vários exames recentes, que não constataram nada.”
O corpo de Genilson Oliveira foi enterrado às 16h da última quarta-feira (7/6), no Cemitério de Taguatinga. A 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) investiga o caso.
Créditos: Metrópoles.