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A base governista aumentou a fritura do ministro Rui Costa (Casa Civil) e até fomentam movimento pela troca do ministro após a desastrosa fala em que ele atacou Brasília e os brasilenses. Lula também pediu uma avaliação do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a articulação na Casa. Ouviu queixas sobre a atuação da Casa Civil e até um alívio na barra de Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Na Câmara e no Senado, a conclusão levada a Lula é que falta tinta na caneta de Padilha.
Rui Costa é apontado como “trava” nas nomeações e liberação das emendas parlamentares, o que minou a articulação política.
A demora nas nomeações é atribuída a Rui Costa e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que puxam toda a ficha e avaliam os indicados.
São atribuídos a Padilha os encontros desta semana de Lula com líderes do Senado, e até opositores, no Palácio do Planalto.
Também recai sobre o ministro das Relações Institucionais o peso do “bolo” que líderes da Câmara deram em Lula. Faltou tato.
Ascensão de Elmar evidencia desgaste de ministro
O presidente Lula recorreu ao deputado Elmar Nascimento (BA) para tentar juntar os cacos da articulação política na Câmara. Aliado de primeira hora do presidente da Câmara, Arthur Lira, Elmar é líder do União Brasil, maior partido do blocão de 174 deputados, e tem sido principal voz na redistribuição dos ministérios do partido, como a troca de Daniela Carneiro, do Turismo, pelo deputado Celso Sabino (PA).
Elmar, não é bem-quisto por Rui Costa, ex-governador baiano. Recebeu até promessa para pasta da Integração. Foi queimado pelo PT da Bahia.
Contra Rui Costa ainda tem a fatura da votação atabalhoada do Marco do Saneamento, primeira grande derrota de Lula no Congresso.
Lula se reuniu com Elmar fora da agenda. Ouviu demandas para acalmar o União, um dos maiores “traidores” em votações vitais ao governo.
Mesmo com a desistência do deputado Ricardo Salles (SP), o PL ainda não afastou a hipótese de candidatura própria à Prefeitura de São Paulo. É balde de água fria no projeto de reeleição de Ricardo Nunes (MDB).
Não durou um mês a retirada das grades do Palácio do Planalto, quando, cercado pelos holofotes da imprensa, Lula cunhou a frase ‘Democracia não exige muro’. Quarta (7), o palácio estava novamente cercado.
Pouco convenceu a retratação de Rui Costa (Casa Civil) após ofender Brasília. Ainda que tardia, veio. Destoa da postura de Lula, que há dez dias nada fala sobre jornalistas agredidos por capangas de Maduro.
Créditos: Diário do Poder/Cláudio Humberto.