Agência Brasil
Mais cedo nesta segunda, 5, como mostrou O Antagonista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT, foto), afirmou que o governo decidiu “repaginar” o programa para baratear os carros.
Segundo o petista, a iniciativa irá focar em transporte coletivo (ônibus) e de cargas (caminhões), mas sem deixar de lado os automóveis.
“A gente repaginou o programa e ele ficou mais voltado para transporte coletivo e transporte de carga. Mas o carro também está contemplado”, disse Haddad a jornalistas na porta do ministério.
Com esse cavalo de pau, Haddad tenta mudar o anúncio feito por Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O ministro da Fazenda ficou incomodado com a promessa de isenções fiscais ao setor automobilístico, pois isso reduziria a arrecadação do governo. A ideia de Alckmin também sofreu diversas críticas por priorizar o transporte individual, que libera gases de efeito estufa, e por só privilegiar um único setor industrial, ignorando todos os outros.
Com Haddad se metendo na história, não há como saber para onde vai a tal ideia de Alckmin. Mas há uma certeza por enquanto: a confusão governamental já atrapalhou a venda de carros.
Em meio à expectativa envolvendo a divulgação de detalhes do programa, maio teve o pior resultado de venda de carros desde 2020. Após o anúncio de Alckmin, feito no mês passado, as vendas diárias caíram 10%. As pessoas que estavam planejando comprar carros preferiram esperar, para pagar um valor menor. Agora, ninguém mais sabe o que irá acontecer.
CrusoÉ